Aquele beijo tinha um sabor
diferente, eu sei.
Diferente de tantos outros
beijos,
era um beijo hesitante,
contido.
Parecia um beijo feito de
pensamentos frios,
distantes do coração, mas não
era de verdade.
Significava apenas o receio
de tudo terminar,
seja por uma palavra (mal)dita,
ou um silêncio constrangedor.
Ainda assim, havia magia, o
doce encanto
das almas que se completam e
se encontram na escuridão, a
esconder-se
dos olhares distantes e frios.
Bem sei quão estranho sou,
Mas não te negues a mim que
eu morro, amor.
Distante de ti, feneço como
uma crisálida,
Que fita com olhos mortiços e
vazios
O voo da borboleta
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