Fita-me com olhos baços
E repudia meu amor devasso
Pela chama que te anseia
Quem me dera tocar tua alma
E queimar teus lábios
Com esse desejo que me incendeia
Que faço, amor?
Que faço para acolher-te em meus braços
E prender-te em mil teias?
Não me negues essa paixão, amor!
Tão lúbrica e despudorada
Tão urgente e desesperada
Que tortura minha alma faminta
Não te negues a mim, que eu morro em agonia
A contemplar teu vulto fugaz
Como uma crisálida, que fita com os olhos
Mortiços e vazios, o vôo da borboleta.
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